Dando sequência a nossa sonzeira sagrada das 4:20, novamente os californianos do Slightly Stoopid, adeptos fanáticos desse horário.
Um vídeozinho da passagem de som do show que eles fizeram no Hollywood Paladium em Los Angeles, no dia 6 de Dezembro do ano passado.
Tive o prazer de ir nesse show.
Foi ANIMAL.
Só pela passagem da pra ter uma noção da lezadera que foi.
Esses dias encontrei com Temperani na praça e conversando sobre bandas e tal, ele lembrou ter ouvido falar sobre um possível show dos caras do Bad Religion no Braza. Ao mesmo tempo falamos que já haviamos assistido a diversas apresentações da banda (eu, por sinal já assisti 5 delas) mas a conclusão que chegamos é que o Bad Religion é real e incrivelmente uma das maiores e mais constantes bandas de hardcore dos últimos tempos, por isso um sexto show nunca seria demais. Com 28 anos de estrada os caras mandam muito bem e a cada CD é uma expectativa de mais uma cacetada nos nossos ouvidos. A banda que já passou por diversas formações felizmente tem como líder o vocalista Greg Grafiin, que com sua voz inconfundível vem para expressar crítica e indignação contra a sociedade e até mesmo contra a sua tão amada pátria, os states!. Último CD da banda New Maps of Hell que conta agora com uma versão Deluxe com algumas músicas extras é a dica de hoje do Surftracks. Afinal, quem nunca se preparou pro surf ouvindo os velhacos do BR?
Vídeo:
Bad Religion Live 2008 - "02. New Dark Ages" (high quality)
Salve surfissurados! Venho hoje excepcionalmentepostar a trilha da hora sagrada para os doidões de plantão nesse sábado nublado em Porto já que meu amigo Skell encontra-se de ressaca atirado por algum canto da cidade.
A banda é um clássico do dub neozelandes....Salmonella Dub!
1. No matter how many fin keys you own, the length of time it takes to find one is in direct proportion to the quality of the waves.
Não importa quantas chaves de quilha você tem, o tempo que você vai levar procurando-as é diretamente proporcional a qualidade das ondas.
2. There is no way round a wet wetsuit in the winter, buy two.
Não ha maneira de evitar um longjohn molhado no inverno, compre dois.
3. It will take exactly five minutes from when you buy a new board until you ding it on a lampost, door frame or car.
Quando você compra uma prancha nova, o tempo até você bate-la contra uma parede, porta ou qualquer outra coisa é de exatamente 5 minutos.
4. People that work at surf mags are all extremely virile, witty and great in bed.
Pessoas que escrevem em blogs de surf sáo extremamente viris, e ótimas de cama.
5. Never believe a surf report from a surf shop, it’s always ‘3-foot and pretty fun’.
Nunca acredite no surfreport de uma surfshop, está sempre 1 metro perfeito.
6. Don’t be afraid of trying new board technologies.
Não tenha medo de testar novas pranchas e tecnologias.
7. Do make your shaper a friend. Production line boards may work but the custom will always be king.
Faça do seu shaper um amigo, pranchas de loja até funcionam, mas uma feita pra você sempre vai ser mágica.
8. Always have a spare leash.
Sempre tenha um leash extra.
9. Always have a spare leash string.
Sempre tenha uma cordinha extra.
10. Don’t be a prick in the water, everyone’s a kook at some point in their life, smile or karma will get ya.
Não se envergonhe na água, todo mundo já foi prego uma vez na vida. Sorria ou o Karma vai te pegar.
Antes de seguirmos para Sunset e depois a tão esperada coroação do Rei de Pipe, posto aqui a primeira etapa que coroou um local do North Shore.
O havaiano Joel Centeio achou um tubo fantástico na final para festejar o título do Reef Hawaiian Pro em Haleiwa. Com a nota 9,33 na sua segunda das duas ondas que surfou na bateria, impediu o bi de C. J. Hobgood na primeira jóia da Tríplice Coroa Havaiana. O australiano Jay Thompson ficou em terceiro lugar e o tahitiano Alain Riou em quarto, sem quase pegar ondas nas séries demoradas da segunda-feira no Alli Beach Park de Haleiwa.
Ae galera, primeiro de tudo queria agradecer a força e paciência de todos, que com vcs cheguei a 1500 views do vídeo da minha arte, me sagrando o grande campeão dessa promo. Agora nos resta comemorar. Convido todos a comparecerem na Trópico do Iguatemi no sábado (28.11) às 14h, vai rolar um coquetelzinho cura-ressaca e estarei customizando ao vivo uma prancha. Vai ser irado. Estarei representando os fissurados lá. Valeu mais uma vez, grande abraço a todos.
A janela já está aberta, e o campeonato pode rolar a qualquer momento, inclusive hoje.
É só questão do monstruoso swell que atingiu o north shore de Oahu nos últimos dias dar uma acertada, e as condições em Sunset ficarem favoráveis.
Aí vai o video teaser do campeonato.
Serie de posts sobre música, com trilhas para escutar antes durante ou depois daquela queda irada.
Pra inaugurar a Surftracks nada mais natural do que falar sobre a "no effects" ou como alguns afirmam, que o verdadeiro significado de NOFX seria "no fucking straight edge". Não importa, o que importa é o que esses caras fazem com os ouvidos alheios.
O NOFX se formou em 85 em Berkeley na Califórnia e ja está no seu décimo primeiro trabalho de estúdio. Contando nos dedos as musicas que não fazem jus ao seu potencial musical o NOFX lançou este ano o Coaster trazendo o que eles melhor sabem fazer: hardcores, skas, pop punks (e como eu li esses dias) algumas esquisitices musicas. Como de costume Fat Mike, Eric Melvin, Smelly e El Hefe mais uma vez destilam um pouco mais de sua ironia, criatividade, visão ácida e música muito bem feita fazendo com que Coaster seja mais um sucesso e presença garantida dentro do seu case de Cd`s ou no seu Ipod!
Confesso que depois de ontem a noite, quando tive a idéia de lançar aqui no blog essa nova série de posts, foi foda segurar a ansiedade até as 4:20 de hoje.
Comecemos então uma série diária com conteúdo propício pra acompanhar esse horário tão sagrado pra alguns de nós.
Som, vídeo, manobras, skatistas!
Tudo casa perfeitamente!
Aí Zé, só pra complementar o teu post com O MELHOR vídeo de longboard já visto. hehehe
Tudo bem posso estar exagerando, mas saca a locura dos caras.
(Skell)
Hoje é aniversário de Dale Webster.
Não sei se você já ouviu falar deste cara. Ele não é nenhum ex-campeão mundial, nenhum famoso freesurfer de alguma grande marca, nem é famoso por alguma fedorenta façanha. Mas sim por um feito realmente inspirador, fascinante e que transmite a paixão e fissura pelo surf que nós tentamos passar da nossa humilde maneira, postando vídeos, fotos e textos de qualidade pra vocês aqui no blog.
Dale Webster atingiu a incrível marca de 10.407 dias consecutivos de surf.
Durante mais de 28 anos (o que ele acreditava ser um cliclo lunar inteiro), Dale surfou pelo menos 3 ondas, diariamente, desde um gigantesco swell em 1975 na Nova Zelândia, até fevereiro de 2004.
Durante várias trocas de presidente, uma guerra inteira, e o surgimento de várias paradas que fizeram do mundo o que é hoje, como a internet por exemplo, Dale esteve surfando, todos os dias.
E em 2004, durante uma entrevista sobre o seu feito, ele humildemente falou: Qualquer um pode fazer o que eu fiz, basta começar hoje, e surfar todos os dias até 2032.
É velinho, é verdade, mas acho difícil alguém igualar esse teu feito.
Parabéns e feliz aniversário.
Ontem assisti ao filme Surfer, dude (Proffissão Surfista). Que chegou nas locadoras há pouco aqui no Brasil.
Sinceramente, achei uma bosta.
É triste ver Hollywood retratando o "true surfer" como um cara desligadão de tudo, tapado, e que não sabe fazer nada na vida além de surfar e fumar maconha.
Salvo alguns personagens como o empresário (Woody Harrelson) do personagem principal (Mathew Mcgonaughey), que é um cara massa, o sábio fazendeiro (Willie Nelson), e o seu velho amigo que vive no México (?????) o resto é lixo.
Tem pouca cena de surf, muita babaquice e um chicano irritante.
A única cena do filme que realmente dá pra rir é quando o grupo toma uma dura dos homi.
"Be cool man, be cool, be cool, be cool man, be cool, be cool, be cool man, be cool, be cool, be cool man, be cool, be cool, be cool man."
Um amigo bem viajado uma vez me falou que a África do Sul é o pico a ser visitado. Levei fé, por saber da qualidade do pico pras ondas e por imaginar que aquela ponta de mundo deva ter uma beleza natural animalesca. Agora depois de ver esses vídeos do Grão (grandelmundo), a África do sul subiu algumas várias posições na minha lista.
Dá uma olhada na perfeição das ondas de J-Bay, e na beleza dessa pequena baía de Marmota.
Fissurante.
Quando me pedem pra que poste algo aqui fico sempre na insegurança, na vontade de escrever algo realmente bom, o que geralmente nao ocorre, mas tento formatar uma idéia antes de sair escrevendo. Hoje vou fazer uma experinência e ver no que dá uma emissão direta dos meus pensamentos ao post.
Ontem conversava com meu amigo Boemo sobre a trip que fizemos no final de semana para o Rosa. Comentavamos a respeito do quão bons são os menos de dois dias que temos para aproveitar a praia mesmo tendo de passar por 5 ou 6 hrs de viagem para chegar a Garopaba e mais 5 ou 6 hrs para voltar à Porto Alegre. Tudo isso é válido devido ao forte clima natural local que acaba por proporcionar belas ondas. Sabemos que este é, na realidade, nosso grande objetivo indo para "tão longe": junto a apreciação da natureza, A APRECIAÇÃO DE BELAS ONDAS!
Nosso papo chegou a um momento que expeculávamos sobre o quão necessária é a prática do surf para o aperfeiçoamento deste mesmo. Mas também comentávamos o poder da mente no aprimoramento do surf.
Quando pela primeira vez assisti ao vídeo Blue Horizon (filme que retrata as diferentes posturas entre David Rastovich-Rasta-, free surfer, e Andy Irons, pro-surfer) fiquei realmente impactado com um trecho onde o pai de Rasta comenta um lema familiar que é tatuado nos membros da família: THINK IT, FEEL IT, DO IT! PENSE, SINTA, FAÇA.
Desde aquele dia, acredito que a mais de 4 anos atrás, meu surf realmente tomou outra dimensão; assim como meu skate, minha arquitetura, meus amores...
Quando vemos um vídeo de surf e damos aquele pause no momento da manobra, depois soltamos, voltamos e pausamos novamente para que vejamos todo o movimento em slow motion, nada mais estamos fazendo do que racionalizando, memorizando e agregando aquele movimento ao nosso sub conciente. Se começamos a imaginar aquele mesmo movimento sendo executado por nosso corpo, temos um passo a mais dado em direção a efetivação da manobra. Nesse momento temos que realmente sentir a manobra fluir em nossa mente, deixar o corpo sentir até mesmo quais músculos serão afetados para isso, então logo depois devemos tentar coloca-la em prática.
Tudo o que comento aqui pode ser a maior besteira da face da Terra. Mas para min funcionou, e muito. Não imaginem que seremos como o Kelly Slater por conseguir adotar tal sistemática de pensamento e treinamento, mas que isso pode nos auxiliar no aprimoramento de nosso surfe, acredito que sim.
Orison Swett Marden, escritor, disse: "O pensamento, a visão, o sonho... sempre precedem a ação.".
Acredito que seja isso. Assim como no filme O Segredo, esse exercício de mentalização nada mais é do que um aumento na expeculação de execução dos seus sonhos. Não acredito ser um atrativo enrgéticamente nem nada. Acredito sim no poder da mente humana que utiliza unicamente 1% do seu potencial.
Algumas palavras do sul-africano Shaun Thompson, que achei lendo o excelente blog do gaúcho Grão (grandelmundo) onde ele conta as histórias de suas viagens pelo mundo.
I will never turn my back on the ocean. Eu nunca darei as costas ao oceano.
I will always paddle back out. Sempre remarei denovo pra fora.
I will take the drop with commitment Farei o drop com convicção.
I will know that there will always be another wave. Sei que sempre haverá outra onda.
I will realize that all surfers are joined by one ocean. Me darei conta que todos os surfistas são unidos pelo oceano.
I will paddle around the impact zone. Remarei ao redor da zona de impacto.
I will never fight a rip tide. Jamais lutarei contra a corrente.
I will watch out for other surfers after a big set. Olharei em volta pelos outros surfistas após uma série grande.
I will pass on my stoke to a non-surfer. Disseminarei a minha fissura para quem não surfa.
I will ride, and not paddle in to shore. Sairei do mar surfando, nunca remando.
I will catch a wave every day, even in my mind. Pegarei uma onda todo dia, mesmo que seja na minha cabeça.
I will honor the sport of kings. Honrarei o esporte dos reis.
Alguns dias após a façanha de surfar no arroio dilúvio, os autores da proeza liberam na internet seu mais novo vídeo. Desta vez já de posse dos seus novos corpos de ratos, proveninentes da mutação genética sofrida pelos estudantes após o contato com a água poluída do local, a rapaziada se diverte agora nas desafiadoras ondas do Guaíba. :) hehe, brincadeira. Não é novidade, mas não é sempre que se ve un raton surfando.
Texto publicado na fluir deste mês por esse cara fantástico, autor do livro Outras Ondas da editora Gaia, pelo qual recomendo a todos.
"Mar Revolto
Todo mundo do nosso universo sabe que surf é um vício que nos deixa dependentes de tubos e água salgada pro resto da vida. Mas alguns levaram essa dependência mais longe do que outros e, ao cruzarem a linha da legalidade, viraram bandidos de verdade pra continuar a vida na praia. O recém lançado, e imperdível, “Sea of Darkness*”, dirigido por Michael Oblowitz, é um documentário emocionante sobre surfistas dispostos a tudo pra bancar essa adição. Narra o envolvimento de figuras chave do nosso esporte no tráfico internacional de drogas, tendo a Indonésia como base de operações. Já tinha ouvido algumas dessas lendas, mas agora o quebra cabeça todo se formou. É tudo verdade.
O americano Mike Boyum é a figura central do filme. No meio dos anos 70, ele era o rei de Bali. Melhor amigo dos feras Gerry Lopes e Peter MacCabe, o cara morava numa mansão, acolhia a surfistada e promovia grandes festas e jantares. Visionário, foi ele que bancou a descoberta e montagem do primeiro surf camp do mundo, em Grajagan, onde passava meses surfando ondas de sonho com os amigos. Só tinha um problema... ninguém sabia de onde vinha toda aquela grana.
Naquela época, pós guerra do Vietnã, Bali virou uma espécie de paraíso para os soldados americanos, que se misturavam com os surfistas nos bares e praias e trocavam informações sobre rotas de drogas e grandes fornecedores. Bali, diferente do que acontece hoje, era completamente liberada, com heroína, morfina, ópio, maconha, hashishe e cogumelos sendo consumido pelos turistas sem grandes problemas com as autoridades indonesianas.
Uma ilha sem lei cercada de drogas por todos os lados pode ser um paraíso para um garotão surfista com mentalidade de traficante. Boyum ficava arquitetando os próximos passos do seu comércio ilegal entre caídas olímpicas em Grajagan, que após algumas matérias publicadas na Surfer, já bombava como o destino dos sonhos. Toda essa atenção abriu os olhos das autoridades locais para o potencial comercial do camp de Garajagan e para essa figura exótica chamada Mike Boyum. Descobriram que ele já era procurado nos Estados Unidos. Foi a deixa para que o camp fosse confiscado. Mike fugiu para a Malásia, mas não sem antes atear fogo em tudo que havia construído.
Incendiar seu paraíso foi traumático e fez com que o rei perdesse sua majestade. E é aí que o filme, e a vida de Boyum, inicia sua trajetória na direção das trevas. Nunca mais as coisas foram as mesmas para ele. Procurando outra Bali, outra Grajagan, Boyum passou a vida, de golpe em golpe, até ser encontrado morto, sozinho, em junho de 89, nas filipinas, depois de descobrir Cloud 9 e jejuar por mais de 40 dias. O cara era uma figura excêntrica, e foi com certeza o surfista traficante mais famoso do mundo. Mas o filme não é só sobre ele. Sea of Darkness fala essencialmente sobre escolhas e caminhos. Importantes figuras do surf mundial, como Martin Daily (Indies Trader) e Bruce Raymond (Quiksilver), amigos de Boyum, disseram não ao demo e colheram seus frutos honestamente. Sendo que o simples fato de continuar surfando é o maior premio de todos. E você, até onde iria pra continuar a surfar ondas de sonho?
*Sea of Darkness passa no Rio em sessão única no dia 6 de dezembro, no Vale Open Air, Jockey do Rio de Janeiro.
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